Francisco sublinha coabitação pacífica das várias religiões e grupos étnicos do país
Depois da visita à Bulgária, o Papa esteve esta terça-feira na Macedónia do Norte onde a maioria da população é ortodoxa.
Além de outras comunidades religiosas como muçulmana ou protestante, o país tem cerca de 20 mil católicos.
O ex-embaixador da Macedónia do Norte no Vaticano, Bartolomej Kajtazi, vê esta visita do Papa como uma forma de incentivar o diálogo entre os cristãos ortodoxos e católicos.
"Ele escolheu esta altura para fazer as visitas. Esteve ontem na Bulgária, agora está no nosso país e no final do mês vai visitar a Roménia. São países da Europa, mas com a maioria da população ortodoxa. O Papa está tentar encorajar a população católica minoritária nestes países, mas também enviar uma mensagem para o diálogo com as igrejas ortodoxas."
Um dos objetivos da visita do Papa é mostrar o compromisso do Vaticano com a unidade e os processos de integração europeus, apoiando assim as aspirações da Macedónia do Norte que pretende aderir à União Europeia. Kajtazi diz que o "projeto de unidade europeia é uma prioridade da Santa Sé e da administração do Vaticano devido à importância do continente europeu que é basicamente a raiz do Cristianismo e do Vaticano. A Santa Sé quer ajudar a Europa a manter a raiz e a moralidade cristãs."
Durante a visita a Skopje, o Papa recebeu uma pintura como forma de agradecimento pelo incentivo que deu à boa convivência entre as várias religiões no país. Francisco encontrou-se ainda com um sobrinho da Madre Teresa de Calcutá que nasceu na cidade.
Gomar Alojz, sobrinho da santa, considera que o "Papa deve ter ouvido e agora quer ver o que está a acontecer na Macedónia e sabe que existem muitas religiões aqui que se encaixam perfeitamente. Então ele queria mostrar: Está aqui um pequeno país onde as coisas funcionam perfeitamente sem nenhum esforço."
A visita do Papa foi também percebida como um reconhecimento da coabitação pacífica entre as diferentes culturas e religiões na Macedónia que o Papa definiu como uma ponte entre a civilização ocidental e oriental.