China reage e vira-se para Moscovo onde já foram assinados vários contratos incluindo com o gigante de telecomunicações Huawei
O presidente norte-americano, Donald Trump, voltou a ameaçar a China com mais taxas comerciais sobre produtos chineses que podem alcançar 300 mil milhões de dólares.
A ameaça coincidiu com a publicação de números que indicam a diminuição do défice comercial dos Estados Unidos em abril que atingiu o valor mais baixo dos últimos 15 meses.
As declarações de Donald Trump tiveram lugar na Irlanda antes de viajar para a Normandia onde participou nas comemorações dos 75 anos do desembarque aliado durante a Segunda Guerra Mundial.
"As nossas conversações com a China estão a criar situações interessantes. Vamos ver o que acontece. Entretanto, conseguimos 25% de 250 mil milhões de dólares e tenho pelo menos outros 300 mil milhões de dólares que posso utilizar mas vou aguardar pela altura certa. Mas acho que a China quer mesmo fazer um acordo", disse Trump antes de seguir para o norte de França.
A China reagiu acusando os Estados Unidos de colocarem em risco o comércio global virando-se para Moscovo onde já assinou contratos que incluem a participação do gigante chinês das telecomunicações, Huawei.
O aumento das tensões entre a China e os Estados Unidos levou o Fundo Monetário Internacional a emitir um alerta.
Arantcha Gonzalez, diretora-executiva do Centro de Comércio Internacional explica.
"Está a reduzir o investimento, está a reduzir o comércio internacional e os preços estão a aumentar para os consumidores, o que é precisamente o que qualquer livro de economia aconselha a não fazer se queremos um crescimento robusto, sustentável e inclusivo que crie emprego", afirma Arantcha Gonzalez.
Os efeitos deste braço-de-ferro já se começam a sentir um pouco por todo o mundo.
A Europa não está imune a este medir de forças. A prolongar-se, as previsões de crescimento para os próximos anos não são risonhas.