México apela ao diálogo face a ultimato de Trump

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De  Euronews
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Presidente mexicano reage a ultimato económico de Trump por causa da crise migratória e garante que não está "de braços cruzados".

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O ultimato de Donald Trump ameaça desestabilizar a economia mexicana. O presidente americano pretende aumentar em 5% as taxas alfandegárias sobre os produtos mexicanos a partir do dia 10 de junho, caso não haja uma mudança drástica em relação à entrada de imigrantes ilegais nos Estados Unidos. Mais: Trump diz mesmo que as taxas vão continuar a subir progressivamente e que, em julho, já serão de 10%.

Sarah Sanders, a porta-voz da Casa Branca, declara que "há meses que são lançados avisos e que se pede repetidamente ao México para que faça mais". Segundo Sanders, "em média, uma pessoa leva 21 dias a deslocar-se da fronteira mexicana a sul até à fronteira americana. Isso dá três semanas às autoridades mexicanas para intervirem, sobretudo nos grupos maiores".

Trump visita a fronteira na Califórnia

O presidente mexicano contrapõe, diz que as autoridades do seu país "não estão de braços cruzados" e "fazem o seu trabalho", e enviou uma carta a Trump a propor o "aprofundamento do diálogo".

Andrés Manuel López Obrador afirma que pretende agir "com prudência relativamente às autoridades americanas". "Nada de bom pode surgir da aplicação de medidas coercivas", considera.

Obrador já avançou com outra proposta: a de que Washington canalize os fundos de cooperação em matéria de segurança para investimentos nos países de onde vem grande parte dos migrantes, isto é, Guatemala, Honduras e El Salvador.

Nos últimos meses, os fluxos migratórios provenientes da América Central aumentaram consideravelmente. De acordo com os dados oficiais mexicanos, foram identificados mais de 51 mil migrantes de janeiro a abril deste ano, o que representa um aumento de 17% em relação ao mesmo período de 2018.

Os Estados Unidos e o México partilham uma fronteira que estende por 3 mil quilómetros.

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