Protestos levam ao fecho das instituições de Hong Kong

Protestos levam ao fecho das instituições de Hong Kong
De  Ricardo Figueira
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A votação em segunda leitura da polémica lei sobre as extradições para a China continental foi de novo adiada.

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A calma, pelo menos relativa, voltou a Hong Kong depois dos protestos em massa de quarta-feira contra o projeto de lei que pretende permitir a extradição para a China continental, incluindo por dissidências políticas, o que muitos veem como mais um ataque à autonomia do território. Os principais edifícios governamentais vão manter-se fechados pelo menos até ao final da semana, enquanto a antiga colónia britânica vive uma nova "revolta dos guarda-chuvas" - A discussão em segunda leitura da polémica lei foi adiada pelo segundo dia consecutivo.

Carrie Lam, chefe do governo de Hong Kong, diz que "a violência não vai ser tolerada, porque essa tolerância acabaria por custar caro".

Andrew Leung, antigo representante de Hong Kong no Reino Unido, disse à Euronews que "poucas pessoas acreditam no sistema judicial chinês, o que é normal, se do outro lado não há qualquer vontade de ouvir os argumentos contrários. Mas Pequim está preocupada que Hong Kong se esteja a tornar um paraíso para criminosos".

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ficou impressionado com a quantidade de pessoas nas ruas de Hong Kong: "São manifestações em massa. Eu vi e é, de facto, um milhão de pessoas. Às vezes dizem que estão duas mil pessoas numa manifestação mas não estão mais de mil ou duzentas. Estou sempre a ver isso. Mas desta vez era mesmo um milhão de pessoas. A maior manifestação que já vi. Espero que tudo se resolva bem para a China e para Hong Kong", disse.

São os maiores protestos desde a vaga de manifestações pró-democracia de 2014, a "revolta dos guarda-chuvas". Quando o território foi entregue à China em 1997, ficou estipulado que manteria um estatuto especial durante pelo menos 50 anos, mas a mão de Pequim sobre o território é cada vez mais forte.

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