China deixa aviso a Hong Kong e exige restauração da ordem social

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De  João Paulo Godinho
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Pequim quebra o silêncio sobre a tensão na região e espera que terminem os incidentes.

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Vidros partidos, ruas vandalizadas e mensagens de protesto contra a China pintadas nas paredes.

Foi desta forma que Hong Kong despertou na terça-feira de um dia de protestos e que ficou marcado pela invasão do parlamento da região. Os confrontos entre polícia e manifestantes já foi condenado por Pequim, quebrando assim o silêncio que estava em vigor sobre as manifestações do último mês.

"Estes atos graves e ilegais anulam o Estado de Direito e minam a ordem social e os principais interesses de Hong Kong", afirmou, em comunicado, o porta-voz do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de Estado.

"O Governo central apoia firmemente a investigação das autoridades de Hong Kong para estabelecer uma responsabilidade criminal sobre os autores da violência", lê-se ainda no comunicado.

A China pode, assim, vir a adotar uma posição mais dura, exigindo a restauração da ordem e um editorial no jornal oficial do Partido Comunista Chinês transmitiu precisamente essa posição: "Estes agressores, violentos, na sua arrogância, desprezam a lei de Hong Kong, causando raiva e tristeza entre toda a população em Hong Kong".

Na origem da tensão na antiga colónia britânica está uma proposta de lei do executivo liderado por Carrie Lam que permitiria a extradição de suspeitos de crimes para a China continental.

A proposta foi entretanto suspensa pelo governo, mas a decisão não acalmou os manifestantes, que receiam que Hong Kong fique à mercê do sistema judicial chinês.

Nas imagens do ataque à assembleia é possível ver os manifestantes pintarem 'slogans' nas paredes, espalhar documentos pelo chão e revirar arquivos.

A violência registada coincidiu com os 22 anos da transição da região das mãos britânicas para a esfera chinesa. A transferência de Hong Kong para a China, em 1997 decorreu sob o lema "um país, dois sistemas" e traçou um período de 50 anos de elevada autonomia para a região. Uma autonomia que a população teme agora estar em risco.

Outras fontes • Reuters / Lusa

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