Segundo um relatório das Nações Unidas, se não houver intervenção humanitária, a curto prazo, a crise pode atingir cerca de dois milhões de habitantes
Depois da tempestade tropical Desmond e dos furacões Idai e Kenneth, Moçambique enfrenta uma crise humanitária.
Mais de um milhão e seiscentas mil pessoas não têm acesso garantido a alimentos. Um número que pode aumentar, entre outubro e março de 2020, de acordo com o alerta do Programa Alimentar Mundial (PAM).
Segundo o relatório da agência das Nações Unidas, se não houver intervenção humanitária, a crise pode atingir cerca de dois milhões de habitantes.
Peter Rodrigues, do PAM, destaca os principais objetivos da missão no terreno.
"Estamos a ajudá-los a limpar a terra e pagamos com comida. A fazer pequenos canais de irrigação. A criar viveiros de plantas e a desenvolver alguns programas de reflorestamento. Estamos a construir estruturas que duplicarão a resiliência a longo prazo, nas áreas onde as pessoas estão a voltar à normalidade”.
Mais de 67 mil crianças precisam de apoio nutricional e a grande maioria está gravemente desnutrida. A situação é alarmante. A agência de ajuda alimentar da ONU só consegue satisfazer 50% das necessidades.
No início do mês, de visita à Moçambique, o secretário-geral da ONU apelou à comunidade internacional para prestar mais apoio ao país e concretizar as ajudas prometidas.