Novo projeto do Instituto Suíço de Tecnologia está a desenvolver o uso de sinais cerebrais em computadores
Jogar um videojogo apenas com o pensamento está cada vez mais próximo de se tornar real.
Samuel Kunz ficou paraplégico após um acidente. Agora através de um computador de comando cerebral controla um 'avatar' na corrida virtual promovida pelo videojogo "Brain Driver" (em português, "condutor cerebral").
É um novo projeto do Instituto Suíço de Tecnologia, em Zurique (ETH, na sigla original), que nos é explicado pela neurocientista Rea Lehner: "O que precisamos para um computador de comando cerebral é um amplificador, um chapéu com elétrodos para medir os sinais cerebrais dos nossos pilotos."
Um sinal cerebral é muito pequeno enquanto a atividade muscular tem um sinal muito forte. Por isso, precisamos ter a certeza de que evitamos toda a atividade muscular e que ficamos apenas com os sinais cerebrais puros", referiu Rea Lehner, enquanto nos mostrava o processo: "os elétrodos são ligados a um amplificador; depois a um computador; e por fim ao nosso algoritmo".
"Os algoritmos calculam os sinais cerebrais e enviam para o jogo comandos que o nosso piloto pode de facto controlar", concretiza a neurocientista.
A professora de controlo neurológico no ETH, Nicole Wenderoth, fala-nos do crânio: "um isolante muito bom, protege o cérebro, o que é bom". "Mas também protege os sinais produzidos pelo cérebro de nós, que os queremos ler", salienta.
Samuel Kunz vai continuar a praticar o poder do cérebro e, quem sabe, poderá vir mesmo a participar na próxima edição do "Cybathlon", um torneio promovido pelo ETH desde 2013, colocando em competição pessoas com problemas motores com recurso a novas tecnologias.