Um dos partidos da coligação de governo em Itália votou contra a moção do outro, possibilitando o avanço da obra.
O TGV italiano colidiu com o governo e está a criar um atrito entre os partidos da coligação, o Movimento Cinco Estrelas e a Liga.
O Senado italiano rejeitou a moção do Cinco Estrelas para bloquear a construção da linha de alta velocidade Lyon-Turim, com os votos do principal parceiro de coligação, o partido de Matteo Salvini. A antiga comissária europeia e senadora da oposição Emma Bonino reagiu: "Os meus colegas do 5 estrelas têm consciência que esta moção é uma tentativa desesperada e condenada ao fracasso de fazer com que o parlamento pare o projeto do TGV, evitando ao mesmo tempo pôr em risco o governo".
A linha de alta velocidade, que já está em construção, inclui um túnel de 58 quilómetros. Os defensores realçam o encurtamernto das distâncias ferroviárias na Europa, o crescimento, a criação de emprego e a possibilidade do transporte de carga por comboio, mais amigo do ambiente, vir a substituir, em grande medida, o transporte por estrada. Já o movimento 5 estrelas está contra, sobretudo devido aos custos do projeto: 8,6 mil milhões de euros, dos quais 50 a 55% serão financiados pela União Europeia.
Mesmo sendo o partido mais representado no parlamento, o Cinco Estrelas perdeu esta aposta, já que a Liga se uniu à oposição, tanto de esquerda como de direita, para votar contra esta moção.