A comunidade LGBT da Polónia realizou, finalmente, o desfile do orgulho gay, na cidade de Plock, após os incidentes de há três semanas em Bialystok.
Os ativistas LGBT da Polónia conseguiram, finalmente, realizar, no sábado, uma parada do orgulho gay, sem grandes incidentes, num país completamente dividido sobre os direitos desta comunidade.
O desfile decorreu em Plock, 100 quilómetros a oeste de Varsóvia, três semanas depois de um outro desfile LGBT na cidade de Bialystok, ter terminado numa batalha campal.
Os 2500 participantes desta marcha não escondem a satisfação.
“Há tantos slogans como participantes, mas nós queremos igualdade na Polónia. Queremos igualdade, respeito e segurança", diz uma senhora.
Outra, refere: "Eu acredito que tem de haver diferentes pontos de vista onde quer que haja democracia e isso não deve ser proíbido".
Há três semanas, os participantes do desfile foram atacados por elementos da extrema-direita, com pedras, garrafas de vidros e foguetes artesanais. Os confrontos provocaram ferimentos em centenas de pessoas.
O desfile deste sábado foi acompanhado por um forte dispositivo de segurança e decorreu sem incidentes de maior, mas o país continua a ser terreno hostil para a comunidade LGBT. Cerca de 900 pessoas participaram numa contra-manifestação. A polícia fez algumas detenções.
O partido no governo, em campanha para as legislativas de outubro, assim como a Igreja Católica, classificam os gays e as lésbicas como ameaças à sociedade e às famílias polacas. Um alto funcionário da Igreja denunciou mesmo, recentemente, aquilo a que chama "peste arco-íris".