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Tusk responde ao plano de paz de Trump: "Nada sobre nós sem nós"

Donald Tusk
Donald Tusk Direitos de autor  AP/Chancelaria do primeiro-ministro da Polónia
Direitos de autor AP/Chancelaria do primeiro-ministro da Polónia
De Marcelina Burzec & Euronews
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O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, comentou o ponto sobre a Polónia no plano de paz de Donald Trump para a Ucrânia, que supostamente não foi consultado nem pelo lado europeu nem pelo lado ucraniano.

"Nada sobre nós sem nós". - Foi assim que o primeiro-ministro polaco Donald Tusk reagiu ao ponto sobre a Polónia no plano de paz de Donald Trump para a Ucrânia.

Os pormenores do plano do presidente dos EUA terão sido elaborados durante as consultas entre os representantes do Kremlin e de Washington, Kirill Dmitriyev e Steven Witkoff, em Miami, em outubro, sem a participação do lado europeu ou uraquiano.

O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, comentou o plano de 28 pontos da seguinte forma: "As decisões relativas à Polónia serão tomadas pelos polacos. Nada sobre nós sem nós. No que respeita à questão da paz, todas as negociações devem ser conduzidas com a participação da Ucrânia". - escreveu no X.

Tusk referiu-se ao ponto 9, que diz: "Os caças europeus serão estacionados na Polónia".

"Isto está, de certa forma, a colocar-nos numa situação em que existem algumas expectativas, até exigências, sem nos consultar, o que é muito mau e mostra que a Polónia e toda a Europa são tratadas como parceiros desiguais", diz Janusz Onyszkiewicz, duas vezes ministro da Defesa Nacional da Polónia (1992-1993 e 1997-2000) e vice-presidente do Parlamento Europeu entre 2004 e 2007, em entrevista à Euronews.

"É muito estranho que as negociações tenham sido conduzidas e concluídas sem qualquer consulta à Europa e aos países, como a Polónia em particular, que são mencionados neste tratado. Penso que este é um sinal bastante preocupante, porque pode simplesmente indicar um desrespeito pela Europa e tratar a Europa como um parceiro que se pode desrespeitar", acrescenta.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelenski, citado pela Reuters, afirmou que "a Ucrânia irá tomar todas as medidas possíveis para implementar as propostas de paz dos EUA".

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