Os ataques da madrugada de quinta-feira fizeram pelo menos cinco mortos em Zaporíjia, a juntar aos 28 mortos num ataque com mísseis em Ternopil. Os líderes europeus reagem com cautela à proposta de paz de Donald Trump.
Pelo menos cinco pessoas foram mortas num ataque russo com drones em Zaporíjia, na Ucrânia, esta quinta-feira. A administração militar regional diz que três pessoas ficaram feridas nos ataques noturnos, enquanto em Odessa, cinco pessoas, incluindo uma criança, ficaram feridas em ataques de drones.
O Serviço Nacional de Emergência afirma que os ataques, que atingiram edifícios residenciais, uma estação de serviço de veículos, um edifício administrativo e bancas de mercado, provocaram incêndios. Os bombeiros trabalharam durante toda a noite para extinguir os fogos.
Entretanto, os serviços de emergência da Ucrânia dizem que o número de mortos dos ataques com mísseis e drones na manhã de quarta-feira em Ternopil subiu para 28. Com as operações de busca e salvamento em curso, 16 pessoas ainda não foram encontradas.
Potências reagem à proposta de paz de Trump
Estes ataques ocorrem poucas horas depois de o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, ter recebido uma cópia de um plano de 28 pontos elaborado pelos EUA, que exige à Ucrânia concessões territoriais importantes.
Os líderes da Alemanha, França e Reino Unido conversaram por telefone na sexta-feira com Zelenskyy, garantindo-lhe o seu apoio contínuo. As autoridades europeias apressaram-se em responder à proposta de Donald Trump, com a alta representante da UE para a Política Externa, Kaja Kallas, a mandar uma mensagem a Zelenskyy de que a proposta norte-americana "não é séria".
O plano dos EUA contém muitas das exigências de longa data do presidente russo Vladimir Putin, incluindo concessões territoriais ucranianas, ao mesmo tempo que oferece garantias de segurança limitadas à Ucrânia.
Com o cuidado de não antagonizar Trump, as respostas europeias e ucranianas foram redigidas com cautela e elogiaram expressamente os esforços de paz norte-americanos. O chanceler alemão Friedrich Merz, o presidente francês Emmanuel Macron e o primeiro-ministro britânico Keir Starmer garantiram a Zelenskyy «o seu apoio inalterado e total no caminho para uma paz duradoura e justa» na Ucrânia, informou o gabinete de Merz.