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GNR condenado a 13 anos de prisão barricado no posto da guarda durante mais de 16 horas

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De Inês dos Santos Cardoso
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Sérgio Ribeiro barricou-se no posto da GNR de Felgueiras para não ser levado pelos colegas para a cadeia de Tomar. É condenado por burlas a idosos.

Um militar da GNR, que foi condenado a 13 anos de prisão por burlas superiores a 400 mil euros, esteve barricado desde terça-feira à tarde no interior do posto da GNR de Felgueiras, distrito do Porto. Esta manhã entregou-se às autoridades depois de mais de 16 horas.

Sérgio Ribeiro, considerado culpado de burla a idosos, fechou-se no interior do posto onde estava, até então, colocado, de modo a impedir que fosse levado pelos colegas para a cadeia de Tomar. O arguido considera que a decisão judicial ainda não é definitiva e alega que está por decidir um recurso.

No local encontra-se um forte dispositivo policial e uma equipa de negociadores vinda do Porto. Segundo fonte do Observador, foram montados “perímetros de segurança” junto ao posto de Felgueiras e a célula de negociadores está em contacto com o barricado para se chegar a “uma solução pacífica da situação”.

Militar pede resposta ao requerimento interposto pelo advogado

O militar encontra-se sozinho no interior do posto e na posse da sua arma pessoal, avançou o Correio da Manhã. Sérgio não ameaçou outras pessoas, mas terá dito que se iria suicidar, informação que não foi confirmada.

De acordo com a mesma fonte, o arguido disse à equipa de negociadores que queria ver a filha de quatro anos, mas voltou atrás na decisão. Pede, agora, uma resposta ao requerimento interposto pelo seu advogado para suspender a execução dos mandados de detenção. Sérgio Ribeiro disse, inclusive, que "não aceita ir para a cadeia" e que se sente "enganado pela justiça”.

Sérgio Ribeiro foi condenado pelo Tribunal de Guimarães, a 10 de novembro de 2022, a 13 anos de prisão por ser o instigador de um esquema de burlas superiores a 400 mil euros, sendo punido por dezenas de crimes de instigação de burla qualificada e de branqueamento de capitais. Foi, ainda, proibido de exercer funções como GNR por um período de cinco anos.

Família de Sérgio também foi condenada

Este era um esquema familiar, tendo o pai do militar sido condenado a 10 anos de prisão por crimes semelhantes. A mãe e a mulher de Sérgio também foram condenadas a penas suspensas: a primeira a cinco anos por coautoria de alguns de crimes de burla e a segunda a quatro anos e meio pelo crime de branqueamento.

A pena do GNR foi confirmada, em junho de 2024, pelo Tribunal da Relação de Guimarães e, em março de 2025, pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ).

O pai de Sérgio era “muito conhecido, considerado e com boa reputação na sua área de residência, acolitado pela sua mulher sempre que necessário" e pedia "dinheiro emprestado a pessoas que nele confiavam, geralmente pessoas de idade, enganando-as com uma simulada situação de urgência e aflição”, refere o Ministério Público (MP) na acusação.

Através deste esquema de burlas, a família de Sérgio conseguiu angariar mais de 400 mil euros, o que lhes permitiu viver uma vida de luxo.

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