Em Caxemira, a população celebrou a festa muçulmana do Eid al-Adha num ambiente de tensão, depois de a Índia ter anunciado que iria revogar o estatuto especial da região.
Em Caxemira, a população celebrou a festa muçulmana do Eid al-Adha num ambiente de tensão. Depois de a Índia ter anunciado que iria revogar o estatuto especial da região, as autoridades proibiram as manifestações públicas. "O caminho foi encerrado. Há cinquenta anos que rezo nessa mesquita. É uma vergonha", afirmou um habitante.
A decisão do governo nacionalista hindu é vista como explosiva numa região marcada por conflitos separatistas e territoriais com o Paquistão.
Segundo os comerciantes locais, as vendas caíram a pique. "Nesta altura do ano, vendemos entre 40 a 50 cordeiros por dia. Agora já mal conseguimos vender um ou dois, devido a esta situação", contou um vendedor.
O Paquistão rejeita a decisão da Índia alegando que ela viola o acordo da ONU.
"Hoje, neste momento de comemorações, estamos com os nossos irmãos de Caxemira. Partilhamos a dor e a tristeza deles e rezámos por eles na mesquita", disse um habitante de Carachi, no sul do Paquistão.
A Índia e o Paquistão, duas potências nucleares, já travaram duas guerras pelo domínio de Caxemira.