Fundo Amazónia está em risco

Fundo Amazónia está em risco
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De  Nara Madeira
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Depois da Alemanha, a Noruega, principal doador do Fundo para a preservação da Amazónia, bloqueou as verbas em desacordo com a ação do governo.

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O Fundo Amazónia está suspenso. A decisão foi tomada pelas autoridades brasileiras, e anunciadas pelo ministro do Ambiente, depois da Noruega ter bloqueado 30 milhões de euros que eram destinados à preservação desta floresta.

O país escandinavo é o maior doador deste fundo. O segundo é a Alemanha que tinha já decidido congelar o envio de 35 milhões de euros.

A Noruega acusa Brasília de já não estar interessada em travar a desflorestação da Amazónia e de ter "rompido o acordo" com os doadores deste fundo gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social do Brasil. Desde a sua criação, em 2008, Oslo apoiou a proteção da Amazónia com 828 milhões de euros.

O Presidente brasileiro reagiu à decisão da Noruega com ironia e dizendo para este país nórdico, que "mata baleias" e "explora petróleo", entregar o dinheiro a Angela Merkel para que esta possa reflorestar a Alemanha.

Jair Bolsonaro tinha já desvalorizado o congelamento de verbas por parte da Alemanha dizendo que o seu país não "precisa" de subsídios germânicos.

O Fundo Amazónia está condicionado pela redução das emissões de gases com efeito estufa provocados pela desflorestação. Ou seja, é preciso provar que há uma redução efetiva na desflorestação para que as verbas sejam atribuídas.

De acordo com dados recentes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais do Brasil a desflorestação da Amazónia, de forma legal, no país, cresceu 88 por cento em junho e 278 por cento em julho, comparativamente com igual período do ano passado. O Governo brasileiro nega estes dados.

Editor de vídeo • Nara Madeira

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