Agência Internacional confirma violação do Irão ao acordo nuclear

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De  João Paulo Godinho
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O regime iraniano procura, assim, pressionar os outros signatários do acordo de 2015 a agirem perante as sanções impostas pelos EUA.

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O Irão continua a violar os limites de enriquecimento de urânio impostos pelo acordo nuclear de 2015. A conclusão é avançada pelo último relatório da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), publicado esta sexta-feira.

Num relatório trimestral distribuído aos Estados membros, a AIEA refere que as reservas iranianas de urânio pouco enriquecido atingiam a 19 de agosto os 357 quilogramas, ou seja, 57 quilogramas acima do limite previsto.

Os indicadores mostram também que o Irão continua a enriquecer urânio acima dos 3,67%, como estabelece o pacto, e que atualmente o nível de enriquecimento atinge os 4,5%.

O incumprimento já havia sido assumido pelo Irão, no que foi visto pelos analistas como uma manobra de pressão sobre os países que assinaram o acordo para ajudarem Teerão a fazer face às sanções dos Estados Unidos.

Donald Trump anunciou em maio de 2018 a saída unilateral do acordo e decretou duras sanções económicas, elevando a tensão entre os dois países.

O documento da AIEA adianta ainda que o regime iraniano tem permitido aos inspetores das Nações Unidas a fiscalização das instalações nucleares.

Um dos últimos braços de ferro entre os dois países está ligado a um petroleiro iraniano que esteve retido cinco semanas em Gibraltar. Os Estados Unidos acusam o navio de estar a transportar petróleo iraniano para a Síria, em violação das sanções.

O porto turco de Iskenderum, 200 kms a norte da Síria, é tido como o destino final. No entanto, as autoridades turcas asseguram que o navio está a caminho do Líbano.

Para Washington, o petróleo serve para financiar as forças armadas do Irão, como resposta às sanções americanas ligadas ao programa nuclear.

Outras fontes • Reuters / Lusa / AFP

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