Brexit: Eurodeputados apelam ao bom senso

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Direitos de autor REUTERS/Henry Nicholls
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De  Isabel Marques da Silva
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Brexit: Eurodeputados apelam ao bom senso

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Face ao caótico momento político que se vive no Reino Unido, a porta-voz da Comissão Europeia, Mina Andreeva, recordou aos jornalistas que os outros 27 países estão, há muito, preparados para qualquer tipo de Brexit.

"À pergunta sobre se o Brexit sem acordo é o cenário mais provável, responderia que é uma possibilidade clara. É exatamente por isso que vamos fazer um apelo final, amanhã, para que todos estejam preparados para o caso de se concretizar o Brexit sem acordo", disse, terça-feira, em conferência de imprensa, em Bruxelas.

Os representantes diplomáticos estão a debater a eventual utilização de fundos de emergência. Os países mais afetados seriam Alemanha, Dinamarca, Espanha, Bélgica e Holanda.

Uma eurodeputada liberal holandesa, Sophie in't Veld, apela ao regresso do bom senso do lado britânico: "Temo realmente ser confrontada com as consequências, não apenas para a União Europeia, mas, também, para os povos britânico e irlandês. A minha única esperança é que venha a existir uma nova lógica na política britânica, que as pessoas recuperem o juízo, tenham sentido de responsabilidade e garantam que haverá um Brexit com acordo, ou que nem sequer haja Brexit".

Apesar do tom catastrofista de muitos analistas face ao frenesim em Londres, o co-líder dos Verdes, Philippe Lamberts, também apela à frieza do lado dos 27 países: "Devemos evitar entrar num estado de multidão em pânico. O crucial agora é manter a coesão dos 27 Estados-membros e do mercado único. Se o preço a pagar para manter essa coesão for, em breve, ter um Brexit sem acordo, é um preço que vale a pena pagar".

Ainda pode haver adiamento?

A ideia de adiar o prazo pela segunda vez não parece ser a solução mágica para vários eurodeputados.

"Não podemos adiar o prazo sem exigir uma condição. Deveríamos perguntar, outra vez, ao povo britânico para onde quer ir", disse o socialista alemão, Udo Bullman.

"Estas são perguntas difíceis porque se continuarmos a fazer adiamentos, um após outro, poderemos passar mais dez anos a responder às mesmas perguntas", afirmou a irlandesa de centro-direita Mairead McGuinness.

Os atores de Bruxelas tentam, assim, passar a mensagem de que não estão estão intimdiados com a batalha política em Londres.

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