Queda da natalidade preocupa líderes europeus

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De  Luis Guita
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Primeiro-ministro checo afirmou que os efeitos de um declínio populacional na Europa podem ser quase tão graves quanto os das mudanças climáticas.

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A Europa tornou-se num continente de "berços vazios" devido à queda nas taxas de natalidade e à falta de ajudas aos pretendentes a pais. Isto de acordo com Viktor Orbán, o primeiro-ministro húngaro.

Na abertura de 3ª Cimeira Demográfica de Budapeste, Orbán disse que a "solução da imigração" e o "irracional argumento ecológico de que a Terra estaria melhor com menos nascimentos" não são argumentos, quando se trata de questões demográficas.

"Venceremos se conseguirmos construir um sistema de apoio à família, onde todos aqueles que estão dispostos a ter filhos terão garantido um padrão de vida melhor do que se vivessem sem filhos. Acho que esse é o ponto de inflexão; quando uma criança contribuir para uma melhor qualidade de vida," declarou Viktor Orbán.

A Cimeira convidou vários chefes de Estado, líderes religiosos, especialistas e atores económicos.

A abertura foi feita com os discursos de Aleksandar Vucic, Presidente da Sérvia, Tony Abbott, ex-primeiro-ministro australiano, e Andrej Babis, primeiro-ministro Checo, que disse que os efeitos de um declínio populacional na Europa podem ser quase tão graves quanto os das mudanças climática.

"Pode-se reconhecer um estado adequado e bom, onde o número da população está a aumentar, não devido à migração de países estrangeiros," afirmou Andrej Babis.

Na Hungria, nos primeiros seis meses do ano houve menos nascimentos do que no mesmo período do ano anterior. Alguns pensam que o Governo poderia ajudar a acabar com o declínio da população se criasse mais empregos a tempo parcial para aqueles que estão a criar filhos.

Em 2018, apenas 6,2% das mulheres húngaras trabalhavam em tempo parcial ou em empregos flexíveis, o segundo número mais baixo da União Europeia e quase apenas um quarto da média da União.

"Embora o Governo húngaro tenha introduzido empréstimos a juros reduzidos para quem pretende iniciar uma família, o desejo de ter filhos não cresceu significativamente, de acordo com as estatísticas.

Os críticos dizem que a questão não pode ser resolvida apenas por meios financeiros. Vagas no jardim de infância, serviço de saúde e educação pública são fatores mais importantes.

Muitas mulheres também têm medo de que, quando regressem ao trabalho, não consigam um horário flexível que lhes dê tempo para cuidar dos filhos," revela a  jornalista Nora Shenouda.

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