Maioria da formação na assembleia legislativa de Moscovo foi reduzida. A exclusão de vários candidatos da oposição ensombrou o escrutínio e provocou os maiores protestos da década na capital russa
A queda da popularidade do partido Rússia Unida, do presidente Vladimir Putin, levou alguns representantes da formação a candidatarem-se como independentes nas eleições regionais. A avaliar pelos resultados preliminares do escrutínio, avançados pela agência de notícias Interfax, nem isso foi suficiente.
A formação perdeu 16 lugares, conseguindo conquistar apenas 24 dos 45 assentos da assembleia legislativa de Moscovo e cedendo a maioria confortável.
Más notícias para Vladimir Putin, se se considerar os resultados como um prenúncio do que pode acontecer em 2021 nas eleições parlamentares.
Boas notícias para Alexei Navalny, um dos mais de 50 candidatos da oposição excluídos de participar no escrutínio, o que desencadeou protestos.
O líder da oposição extraparlamentar apelou ao voto inteligente contra o Rússia Unida, recomendando a escolha do candidato que pudesse derrotar mais facilmente o representante da formação no poder. E a estratégia parece ter dado, em parte, frutos.
O Partido Comunista conseguiu 14 assentos e o partido Rússia Justa, de centro-esquerda, quatro. O partido liberal Yabloko assegurou três assentos.
No resto do país, o Rússia Unida terá, no entanto, conseguido maiorias em 11 assembleias legislativas.