Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais apontam para um crescimento de 222%
Em agosto, a desflorestação na Amazónia aumentou, de forma alarmante, 222% em relação a igual período do ano passado.
Na prática, a maior floresta equatorial do mundo perdeu mais de 1600 km2 de área vegetal, de acordo com os números divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
A área é, ainda assim, inferior aos 2254 km2 destruídos no mês de julho.
O chefe da comunidade da Terra Indígena Arara, que vive entre os rios Amazonas e Xingu, lamenta a falta de ação do Governo e denuncia que os madeireiros ilegais estão a destruir uma área protegida.
"Estamos preocupados porque estão a retirar as riquezas das terras indígenas. Ficamos tristes por ver as coisas a serem roubadas da nossa terra e não podermos fazer nada", lamenta Turu Arara.
Os fogos florestais que têm consumido vastas áreas da Amazónia tornaram o ar irrespirável para muitas tribos locais e destruíram vastas áreas protegidas.
Quando ainda era candidato, o presidente Jair Bolsonaro chegou a referir que uma parte significativa do território brasileiro não é produtiva porque as tribos indígenas têm direitos especiais.