Partidos políticos continuam na estrada desta vez com o arranque da campanha eleitoral para as legislativas, em Portugal.
É o primeiro dia do período oficial de campanha para as legislativas em Portugal. As promessas e a troca de galhardetes, entre os líderes dos partidos que concorrem às eleições, vinham já da pré-campanha eleitoral, que decorreu de forma intensa.
O secretário-geral do Partido Socialista rumou ao norte do país para colocar o investimento na ferrovia no topo da agenda, considerando-o como um dos "grandes desafios". Questão interligada ao combate às alterações climáticas. António Costa lembrou que Portugal tem até 2030 para reduzir, em 40%, as emissões de gases com efeito de estufa.
No Porto, o presidente do Partido Social Democrata, Rui Rio, preferiu dar ênfase ao distanciamento, cada vez maior, entre PS e Bloco de Esquerda, parceiros de coligação, com acusações aos socialistas.
Já Assunção Cristas foi ao interior norte à procura de apoio. A líder do CDS-PP desvalorizou as sondagens, que colocam a sua formação no quarto lugar nas intenções de voto.
Do lado do Partido Comunista o secretário-geral centrou a sua primeira intervenção nas alterações à lei laboral, aprovadas em votação final global, em julho, com os votos favoráveis do PS, abstenção de PSD e CDS-PP e voto contra das restantes bancadas. Jerónimo de Sousa criticou o Partido Socialista, seu parceiro de coligação, pelas medidas aprovadas.
A coordenadora do Bloco de Esquerda, no seu primeiro discurso de campanha, às portas de Lisboa, prometeu "respeito pelas pessoas, (...) sem palavras ocas e sem provocações".
A mais recente sondagem mantém o PS como vencedor do escrutínio, reduz a diferença para o PSD, mas a vantagem é ainda de 14 pontos percentuais.
Domingo foi também dia de eleições para o governo na região autónoma da Madeira com 16 partidos e uma coligação na corrida aos 47 lugares no parlamento regional.