Manifestações violentas no Iraque

No Iraque, esta quarta-feira, milhares de pessoas voltaram a sair às ruas em protesto contra o governo de Adel Abdul Mahdi.
Em Bagdad, várias ruas foram cortadas com pneus queimados e em Nasiriya dois manifestantes foram mortos.
Desde o início dos protestos, pelo menos sete pessoas já morreram e centenas ficaram feridas.
As manifestações são vistas como o primeiro grande sinal de indignação contra o governo de um ano do primeiro-ministro.
Nas ruas ouvem-se frases e cânticos sobre a "queda do regime", como aconteceu durante as revoltas da Primavera Árabe de 2011.
A polícia e o exército tentam dispersar a multidão com bombas de gás lacrimogéneo. O recolher obrigatório foi imposto em Bagdad, Nasiriya e outras duas outras cidades do sul.
As plataformas das redes sociais e o acesso à Internet foram bloqueados.
O primeiro-ministro já lamentou a violência e prometeu uma investigação "para conhecer as razões" dos protestos.
O presidente, Barham Saleh, pediu contenção e manifestações "pacíficas" e justificou a ação policial.
Segundo os dados do Banco Mundial, a taxa de desemprego jovem no Iraque é de cerca de 25%.