O apelo do movimento Extinction Rebellion para uma ação de protesto a começar segunda-feira teve eco no bloqueio de "um símbolo do capitalismo" em França
O bloqueio do centro comercial "Italie Deux" na capital de França marcou a adesão de Paris à semana de protesto pedida pelo movimento ecologista Extinction Rebelion.
Durante 17 horas, centenas de ativistas bloquearam o centro comercial situado no sul de Paris, numa ação de promoção do movimento global nascido há pouco mais de um ano no Reino Unido e autodenominado de resistência e desobediência civil não violenta pela defesa da vida no planeta.
Nem com o recurso a gás lacrimogéneo a polícia conseguiu tentou desmobilizar o protesto.
Os ativistas viriam a deixar o local - "um símbolo do capitalismo", como o descreveram - apenas pelas 04 horas da manhã deste domingo (03 horas em Lisboa).
Foi a primeira ação mediática de adesão fora do Reino Unido ao apelo global do movimento para uma semana de desobediência civil prevista começar na segunda-feira, entretanto já com mais de 800 ações previstas em pelo menos 54 países.
Detenções em no Reino Unido
Em Londres, foi a polícia a jogar em antecipação. Pelo menos dez pessoas foram detidas este sábado, numa operação realizada num edifício no sul de Londres, tido como armazém do movimento Extinction Rebelion.
As autoridades revelaram a detenção de sete mulheres e três homens. O movimento acrescenta terem sido confiscados tendas, casas de banho e equipamento para acesso para pessoas de mobilidade reduzida.
"Eram tudo coisas que iriam tornar a ação de protesto global em Londres mais segura, limpa e acessível a todos", lamenta o Extinction Rebellion, considerando esta "escalada das táticas de prevenção do governo e da polícia um sinal de que" o grupo está "a ser ouvido e reconhecido como um movimento importante."
A operação policial foi justificada pela suspeita de conspiração para causar desordem pública e sucede-se a uma intervenção assumida pelo movimento Extinction Rebellion, na quinta-feira, na qual foram despejados sobre as paredes do Ministério das Finanças britânico 1.800 litros de água tingida de vermelho para simular sangue.