Manifestantes exigem reforma política e económica do Líbano

Manifestantes exigem reforma política e económica do Líbano
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De  João Paulo Godinho
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País vive a pior crise desde os anos 80 e milhares de pessoas saíram às ruas, acabando por se envolver em confrontos com as forças de segurança.

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A crise económica e o descontentamento com a situação política estão a atingir níveis críticos no Líbano. Na última noite, a capital Beirute foi palco de violentos confrontos entre milhares de manifestantes e as forças de segurança.

A tensão começou a agravar-se na quinta-feira, depois de uma proposta entretanto retirada que visava cobrar uma taxa sobre chamadas pela aplicação Whatsapp.

Desde então, segundo a Cruz Vermelha, mais de 160 pessoas sofreram ferimentos e as autoridades fizeram pelo menos 70 detenções.

O primeiro-ministro, Saad Al-Hariri, é um dos alvos do descontentamento, mas culpou os parceiros de governo pelo bloqueio de reformas.

"Qualquer que seja a solução, não temos mais tempo. E pessoalmente também dou pouco tempo a mim mesmo. Ou os nossos parceiros de governo dão uma resposta franca, decisiva e final que me convença e convença os libaneses, a comunidade internacional e todos aqueles que estão a expressar a sua raiva nas ruas de que há uma decisão de todos para reformar, para parar o desperdício e a corrupção, ou terei de tomar outra posição", declarou.

Saad Al-Hariri deu também um prazo de 72 horas para se desbloquear o problema, mas o cenário de demissão está igualmente em cima da mesa.

A revolta libanesa traz ecos da primavera árabe de 2011 que abalou vários países. Os libaneses esperam uma mudança face à pior crise desde os anos de guerra durante a década de 80.

Outras fontes • Reuters

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