Líder da Guarda da Revolução Iraniana diz que detidos confessaram agir ao serviço dos EUA e da oposição iraniana no exílio
O Irão promete punir os "mercenários" que considera ser os instigadores da vaga de contestação e violência que agitou o país, na sequência do forte aumento dos preços dos combustíveis.
A designação "mercenários" foi usada pelo general Ali Fadavi, líder da Guarda da Revolução Iraniana, para definir 180 pessoas "identificadas e detidas", acusadas de "liderar os recentes motins". O responsável militar afirmou que os detidos confessaram agir ao serviços dos Estados Unidos e da Organização dos Mujahidin do Povo Iraniano, movimento da oposição no exílio, responsável por vários atentados no Irão na década de 80 e classificado como "seita terrorista" por Teerão.
Segundo a ONU, houve "mais de mil" detidos durante a vaga de contestação que, de acordo com a Amnistia Internacional, se saldou em mais de 100 mortes.
Os Estados Unidos apelaram ao Facebook, ao Twitter e ao Instagram para bloquearem as contas do regime iraniano, até que as autoridades restabeleçam a internet no país.