O ministro do Ambiente Ricardo Salles disse, à margem da conferência, que o governo de Bolsonaro "ainda está à espera" do dinheiro prometido aquando assinado o Acordo de Paris
O ministro do Meio Ambiente do Brasil, Ricardo Salles, atravessou o atlântico para participar na COP25, em Madrid, e na mala levou uma das maiores emergências climáticas do mundo: A Amazónia.
À margem dos discursos, Ricardo Salles assumiu que o Brasil não consegue parar a desflorestação da floresta sem a ajuda dos países mais ricos.
Numa entrevista à AP, o ministro disse que o Brasil está "comprometido em reduzir as atividades ilegais" no território da floresta, mas que precisa "desse apoio, prometido há muitos anos".
Ricardo Salles explicou que o elemento-chave para a solução na Amazónia são "os fundos propocionais", e que o governo brasileiro continua "à espera que os países ricos ajudem da forma adequada".
Uma promessa que consta no Acordo de Paris, mais especificamente no famoso Artigo 6, tão dificilmente cumprido por todos. O Artigo 6 diz que aqueles que mais poluem deverão pagar mais de forma a compensar os países que menos gases de efeito de estufa produzem.
Só dentro deste artigo, as divergências a negociar ultrapassam as 600. Se nao foram comaltadas em Madrid, o Acordo de Paris não é implementado até 2020.
#Tempodeagir: Ruas de Madrid enchem-se de manifestações
A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas tem o tema "Tempo de agir", tema que não foge às manifestações no centro da cidade. Centenas de pessoas do grupo Extintions Rebellion invadiu a capital espanhola durante este domingo.
Com performances de intervenção e cartazes, os jovens pedem aos políticos que assumam medidas imediatas. Fazem barulho na esperança que os líderes mundiais oiçam e comecem a agir perante uma emergência climática.