Putin questiona ação do Homem nas alterações climáticas

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De  João Paulo Godinho
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O presidente russo reiterou o compromisso do país no combate à redução de emissões, mas sublinhou que a questão climática é muito complexa.

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O Presidente russo, Vladimir Putin, questionou hoje o consenso entre cientistas que aponta o Homem como o principal responsável pelas alterações climáticas.

"Ninguém conhece as causas das alterações climáticas globais. Sabemos que a nossa Terra passou por períodos de aquecimento e de arrefecimento e isso pode depender de processos no Universo", disse Putin, na sua conferência de imprensa anual, em Moscovo, um evento que marca a política internacional no final de cada ano e que vai já na 15.ª edição, onde jornalistas do país e estrangeiros têm a oportunidade de fazer perguntas ao presidente da Rússia.

"Uma pequena mudança no ângulo de rotação da Terra ao redor do Sol pode levar - e já levou - o planeta a mudanças sérias e colossais do clima, com consequências dramáticas", acrescentou, considerando que "avaliar a influência que a humanidade pode ter" no clima é "muito difícil".

Apesar destas declarações, Vladimir Putin reiterou a determinação da Rússia em baixar as emissões de gases com efeito de estufa: "Não fazer nada também não é uma solução e, neste ponto, concordo com os meus colegas (chefes de Estado). Temos de fazer o máximo esforço para que o clima não mude drasticamente".

Embora a Rússia seja um dos maiores produtores mundiais de hidrocarbonetos, Putin lembrou também que o seu país é vulnerável às alterações dramáticas do clima, dando como exemplo as cidades erguidas sobre território congelado.

"É um processo muito sério para nós. Cidades inteiras são construídas sobre 'permafrost' [terrenos permanentemente congelados], imagine as consequências em caso de degelo massivo", sublinhou Putin.

Já sobre o processo de destituição de Donald Trump nos Estados Unidos, Putin criticou duramente toda a situação, ao defender que as acusações ao presidente americano são "infundadas".

Ainda terá de passar pelo Senado, onde os Republicanos estão em maioria e é improvável que estes queiram retirar do poder um representante de seu partido com base em acusações totalmente fabricadas”, declarou, 'culpando' os Democratas pela 'novela' da destituição: "O partido que perdeu as eleições quer continuar a luta por outros meios”.

Outras fontes • LUSA / AFP

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