Presidente da Ucrânia pede ajuda à comunidade internacional

À medida que as condolências vão chegando à Ucrânia, também as possíveis causas para o acidente de avião que vitimou fatalmente 176 pessoas esta quarta-feira proliferam.
As autoridades não excluem a hipótese de o Boeing 737-800 ter sido atingido por um míssil e o presidente pede colaboração internacional na investigação.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, decretou, esta quinta-feira, luto nacional e pediu "à comunidade internacional, incluindo o Canadá, para se juntar à investigação do acidente com o Boeing 737 ucraniano".
Entre as vítimas do avião da Ukranian International Airlines estavam 63 canadianos.
Em conferência de imprensa, o primeiro-ministro Justin Trudeau afirmou estar a acompanhar a situação em diálogo aberto com vários dos seus congéneres internacionais.
Zelenskiy garantiu ainda que "serão feitas na Ucrânia revisões de segurança completas e independentes aos voos da Ukranian International Airlines e a outros voos domésticos".
Por agora, os cidadãos ucranianos estão desaconselhados a visitar o Médio Oriente. E "até todos os detalhes e causas do acidente serem conhecidos, todas as companhias ucranianas estão impedidas de voar os céus do Irão e do Iraque", disse o chefe de Estado.
A investigação
De acordo com um relatório preliminar da investigação iraniana, divulgado esta quinta-feira, a tripulação do avião ucraniano que caiu em Teerão não pediu ajuda via rádio e estava a tentar voltar ao aeroporto quando a aeronave se despenhou.
Os investigadores ucranianos chegaram esta quinta-feira ao Irão para se juntarem à investigação do acidente e, em particular, à análise das caixas negras do avião.
As duas caixas negras do Boeing foram recuperadas e estão na posse da posse da polícia iraniana, podendo vir a ajudar a esclarecer as causas da queda.
O acidente permanece envolto em dúvidas, tendo ocorrido pouco depois do lançamento de mísseis iranianos contra duas bases no Iraque da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos.