"Luanda Leaks": Portugal e Angola "cooperam a alto nível"

Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal
Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal   -  Direitos de autor  Euronews
De  Isabel Marques da Silva

Governo português confia na ação dos reguladores independentes no processo #LuandaLeaks e está disponível para ajudar o executivo angolano

Portugal e Angola mantêm um alto nível de relacionamento que permite cooperar em todas as matérias e o governo de Lisboa confia nos reguladores independentes para agirem no caso do escândalo LuandaLeaks.

Esta foi a posição que Augusto Santos Silva transmitiu à imprensa portuguesa, numa conferência de imprensa, segunda-feira, após a reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia, em Bruxelas.

"À luz da lei portuguesa, as atividades bancárias são reguladas por uma autoridade chamada Banco de Portugal e as atividades relacionadas com o mercado de capitais são reguladas por uma entidade chamada Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários. Trata-se de dois reguladores independentes do governo e, portanto, o governo não tem comentários a fazer", disse o ministro.

O chefe da diplomacia portuguesa disse que segue com tranquilidade a divulgação de novos dados sobre alegados esquemas empresariais fraudulentos de Isabel dos Santos, empresária e filha do ex-presidente de Angola.

"Talvez agora se perceba melhor a insistência do ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, desde pelo menos dezembro de 2015, de manter o melhor relacionamento possível com as autoridades angolanas, de manter o relacionamento entre os dois Estados no mais alto dos patamares porque é, justamente, esse relacionamento que permite que ambos os países defendam os seus interesses e cooperem para que o relacionamento entre as respetivas economias seja bom porque é claro e transparente", acrescentou.

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