51° dia do movimento de protesto em França

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Mais uma sexta-feira de greves e manifestações contra a reforma do sistema de pensões. O governo mantém o calendário; os sindicatos mantêm a luta.

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Em França, uma vez mais, esta sexta-feira foi dia de greve e mobilização nas ruas das principais cidades, contra a reforma das pensões.

Um manifestante afirma: "Isto é o golpe do século. O senhor Macron e os amigos Black Rock - para citar só alguns - servem-se alegremente das nossas reformas".

A suspeita de envolvimento do estado francês com o Black Rock, o multibilionário gestor de fundos americano, que gere dinheiro de muitos estados e vários fundos de pensões, está a fazer crescer a revolta em França.

"Nós temos a convicção de que, com este governo, tudo o que é regime público vai desaparecer, porque ele quer privatizar toda a sociedade", refere outro manifestante.

Este é o 51° dia do movimento de protesto desde que foi anunciado o projeto do governo de alterar o sistema das pensões de reforma.

"Temos a impressão que não somos ouvidos, que o facto de estarmos revoltados não é tido em consideração", protesta uma manifestante.

O líder da central sindical, CGT, Philippe Martinez, reitera: "O que pedimos é que seja retirado o projeto, do qual os cidadãos perceberam apenas uma coisa: é que vão trabalhar pelo menos até aos 64 anos e, para muitos, até bem mais tarde".

Como sempre, os números dos sindicatos e das autoridades são bem diferentes. A polícia fala de 111 mil manifestantes em 40 cidades; as centrais sindicais apontam mais de 900 mil pessoas nas ruas em 30 cidades.

Para 29 de janeiro - daqui a cinco dias - está marcado mais um dia de greve; no dia 30 começa a conferência sobre o financiamento do sistema de pensões exigida por alguns sindicatos e, a 17 de fevereiro, decorre a primeira discussão do projeto, no parlamento.

O governo não tem intenção de recuar. O movimento de protesto também não. O braço-de-ferro dura há quase dois meses.

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