China tenta conter avanço de coronavírus

Sem mãos a medir para fazer frente à ameaça do novo coronavírus, as autoridades chinesas desdobram-se em trabalhos para combater um inimigo invisível.
Na cidade chinesa de Wuhan, onde surgiu o surto e que se encontra sob quarentena, a polícia bloqueou estradas para impedir a circulação de veículos não essenciais. Também nas cidades vizinhas de Huanggang e Ezhou ninguém entra ou sai.
A epidemia de pneumonia viral já provocou a morte de mais de 40 pessoas. O número de infetados superou os 1300 e semeou o pânico entre a população.
O presidente Xi Jinping reconheceu a gravidade da situação.
Em Wuhan, veículos blindados sob o comando de paramilitares da Força da Polícia Armada do Povo patrulham a cidade.
Hong Kong, por outro lado, declarou o estado de emergência.
A líder do executivo, Carrie Lam, anunciou o encerramento de escolas primárias e secundárias para lá do período festivo do Ano Novo Lunar, devendo reabrir apenas a 17 de fevereiro.
"Nos últimos dias houve alterações rápidas em relação à doença como se percebe pelos anúncios que chegam do continente. Tornou-se um assunto sério e causou muita preocupação e ansiedade em parte da nossa sociedade", referiu, igualmente, Carrie Lam.
Cerca de meio milhar de médicos militares foram mobilizados para Wuhan, onde começaram a chegar de avião sexta-feira à noite.
Austrália e Malásia já reportaram os primeiros casos detetados e o Japão o terceiro. França confirmou três casos e os EUA identificaram o segundo.