Residentes das ilhas gregas de Chios e Lesbos mediram forças com a polícia anti-motim
Os portos das ilhas gregas de Chios e Lesbos transformaram-se na última noite em verdadeiros campos de batalha.
Grupos de residentes enfrentaram as forças de segurança para contestar a construção de novos campos de acolhimento de migrantes.
Em Chios, os contestatários tentaram impedir a entrada de retroescavadoras, que serão usadas para construir as novas instalações.
As autoridades gregas tinham enviado para o local unidades da polícia anti-motim, prevendo já a possibilidade de tensões.
O primeiro-ministro grego Kyriakos Mitsotakis disse, este fim-de-semana, que o projeto para a realização dos novos campos será concretizado, apesar da oposição declarada de uma grande parte da população das ilhas.
Tal como em Chios, o porto de Mytilene em Lesbos também registou confrontos, com as forças de segurança a recorrerem a gás lacrimogéneo e granadas atordoantes.
Pelo menos três pessoas foram transportadas para o hospital, com dificuldades respiratórias ligadas à inalação de gás.
Mais de 38.000 migrantes estão atualmente instalados nos campos sobrelotados de Lesbos, Chios, Leros e Kos, que oficialmente têm uma capacidade total de 6200 pessoas.