Espanha, um dos países mais afetados pela pandemia, ainda hesita em recomendar ou obrigar a população a usar máscaras no espaço público. Em contraste, a República Checa decretou a obrigatoriedade e a população aderiu ao conceito de proteção mútua.
"Recomendo a todos os colegas ministros e governos para implementar o uso alargado de mascaras pela população, mesmo as mascaras caseiras", declara Adam Vojtech.
A recomendação do ministro da Saúde da República Checa para uso geral de máscaras pela população foi aceite em março e o país foi dos primeiros na Europa a tornar obrigatório o uso das máscaras no espaço público.A medida foi explicada e os checos aderiram, arregaçaram as mangas para fazer máscaras em casa e distribuir. Usam o conceito de cada um protege o próximo. Observaram o exemplo dos povos orientais e com a noção de que pessoas assintomáticas podem estar a transmitir a infetar o vírus.
Praga ignorou a recomendação ainda em vigor da Organização mundial da Saúde (OMS).
A OMS apenas recomenda o uso de máscaras em casos específicos. "Se tem tosse, febre e dificuldade em respirar, deve usar uma máscara e procurar um médico. Se não tiver estes sintomas, não deve usar a máscara", diz Christine Francis num vídeo oficial da OMS.
O organismo receia que os profissionais de saúde fiquem sem proteção por causa de uma possível corrida ao material.
Mas países como a Eslováquia e Áustria também tornaram obrigatório o uso de máscaras, sublinhando que podem ser caseiras. Outras nações, como Espanha, o segundo país da Europa, com mais infeções e mortos ainda estão a pensar. "Estamos a estudar esta questão e assim que a tivermos decidido, claro sempre a escutar os peritos, daremos a conhecer", diz Salvador Illa, ministro da Saúde de Espanha.
Portugal também deverá por a máscara, mas ainda reflete.