Desemprego no turismo é "fardo pesado", diz comissário Schmit

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De  Isabel Marques da SilvaEfi Koutsokosta
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A euronews entrevistou o comissário europeu para o Emprego, Nicholas Schmit, sobre a estratégia para ajudar os países da União Europeia mais afetados pela pandemia, sobretudo em setores muito fragilizados como o do turismo.

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No momento em que alguns países da União Europeia começam a sair do isolamento para que as pessoas voltem ao trabalho, a euronews entrevistou o comissário europeu para o Emprego, Nicholas Schmit.

Efi Koutsokosta/euronews: Com o agravamento da pandemia da Covid-19, a Organização Internacional do Trabalho estima que quase 12 milhões de postos de trabalho a tempo inteiro possam ser extintos na Europa devido à crise económica. O que pode ser feito para resolver este problema?

Nicolas Schmit/comissário europeu para o Emprego: Em primeiro lugar, penso que devemos manter o maior número possível de pessoas nos postos de trabalho e é isso que tentamos fazer através do instrumento de trabalho de curta duração, denominado SURE, que, espero, possa vir a ser adotado muito em breve. Em segundo lugar, temos que preparar a recuperação, sendo muito ousados nas medidas para relançar a nossa economia, o mais rapidamente possível, e levando em conta as restrições por motivos de defesa da saúde. Quando olho para os diferentes planos dos países e, também, para as propostas apresentadas pela Comissão Europeia, vemos a defesa de um levantamento progressivo e cauteloso do isolamento, tendo em conta a questão da proteção da saúde.

Efi Koutsokosta/euronews: Existem alguns países da União mais afetados por esta crise, principalmente a Itália e a Espanha, mas também outros países igualmente com economias muito dependentes do turismo, um setor muito atingido por esta crise.

Nicolas Schmit/comissário europeu para o Emprego: É claro que esses países terão um fardo bastante pesado a suportar. E isso significa que a Europa precisa de um grande nível de solidariedade, porque esses países não são responsáveis por nada. Têm uma economia orientada para o turismo e foram atingidos pelo vírus, e é por isso que a Europa tem que mostrar que pode intervir e ser solidária.

Efi Koutsokosta/euronews: O que quer dizer concretamente com mostrar solidariedade? Recentemente todos falam em solidariedade, mas não lhe dão o mesmo significado.

Nicolas Schmit/comissário europeu para o Emprego: O ponto é que todos devemos estar cientes de que as dificuldades de um Estado-membro rapidamente se tornam as dificuldades de todos os outros. Estamos numa união monetária - estamos todos no mesmo barco -, pelo que todos temos que sair destas dificuldades de maneira coordenada e solidária. Se não formos capazes de fazer essa gestão, vamos ameaçar todo o projeto e espero que ninguém deseje que isso aconteça”.

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