Cada país, sua sentença: França reabre escolas primárias, metade de Espanha passa à Fase 1, Reino Unido apela ao bom senso.
Às marcas deixadas por 55 dias de confinamento sucedem-se outras. Alguns responsáveis políticos franceses demonstraram isso mesmo, esta manhã, na Gare de l'Est, uma das mais movimentadas de Paris, seguindo a sinalética e as normas de higiene e distanciamento.
Elisabeth Borne, a ministra da Transição Ecológica, sublinhou que "na região de Paris, os desafios são muito significativos. Habitualmente, há cinco milhões de utentes nos transportes públicos. Neste momento, o objetivo é dividir esse número por cinco".
A França, que impôs o uso obrigatório de máscaras nos transportes, vive uma reabertura progressiva de comércio e serviços, numa frágil balança entre uma profunda recessão e o receio de uma segunda vaga de contágios. As escolas primárias abrem portas, mas as famílias podem optar por ficar com as crianças em casa, se assim o entenderem e tiverem meios para isso.
A Grécia, tida como um dos países com uma gestão mais eficaz da crise sanitária, coloca em funcionamento os estabelecimentos escolares para os alunos a terminar o secundário, com aulas espaçadas em dias diferentes.
Em Espanha, um dos países com as medidas mais restritivas no mundo, cerca de metade da população inicia o desconfinamento na chamada Fase 1, mas para já ficam de fora as cidades com maior densidade populacional, como Madrid, Barcelona e Valência.
No Reino Unido, o governo preparou um guia de 50 páginas e apela ao "bom senso" da população. O primeiro-ministro, Boris Johnson, declarou que "a evolução da situação será monitorizada a nível local, regional e nacional. Se houver um novo surto, se houver problemas, os travões serão ativados imediatamente".
O Estado mais populoso da Alemanha, a Renânia do Norte-Vestefália, está a levantar restrições, como anunciado por Angela Merkel, na semana passada, medida prontamente seguida no setor da restauração e nos ginásios, por exemplo.
No entanto, as autoridades também redobraram a vigilância, uma vez que se registou um aumento de contágios em simultâneo com a atenuação do confinamento.