Europa analisa reabertura de fronteiras

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Direitos de autor Alvaro Barrientos/Copyright 2019 The Associated Press. All rights reserved
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De  Teresa Bizarro
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Chefes da diplomacia da UE reúnem-se em Conselho esta sexta-feira. Comissária europeia dos Assuntos Internos defende uma "estratégia comum" para a reabertura das fronteiras externas

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Espanha só deve abrir a fronteira com Portugal e França a 1 de julho. A informação de que Madrid iria levantar restrições à circulação antes, a 22 de junho, chegou a ser avançada pela ministra espanhola do Turismo, esta quinta-feira. Ainda demorou algumas horas a ser classificada como "uma precipitação" pelo gabinete do primeiro-ministro de Espanha. Pelo meio, levou até ministro português dos Negócios Estrangeiros a pedir esclarecimentos e a lembrar que "quem decide sobre a abertura da fronteira portuguesa é Portugal".

O regresso à livre circulação de pessoas, instituída pelo acordo de Schengen, faz-se a vários ritmos e muitas vezes de forma unilateral.

Por exemplo, os checos podem entrar na Áustria desde esta quarta-feira; mas o governo de Praga mantém restrições à entrada de austríacos. Ao contrário, Itália abriu fronteiras para quem vem da Áustria, mas Viena não deu ainda luz verde à entrada de italianos no país.

A comissária europeia dos Assuntos Internos espera que os países acertem o passo muito em breve. Em declarações à Euronews, Ylva Johansson considera que "estamos a chegar ao momento de levantar todas as fronteiras internas e os controlos fronteiriços". Diz que vai propor isso mesmo, na próxima reunião do Conselho esta sexta-feira, e aponta o fim de junho como "uma boa data".

A questão das fronteiras internas parece não levantar muita celeuma, mas a reunião vai também analisar o protocolo das fronteiras externas.

Os chefe da diplomacia da França e de Itália encontraram-se presencialmente para preparar uma resposta comum a apresentar na reunião virtual dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia.

Para Ylva Johansson, "é bom" existir uma estratégia comum especialmente para as fronteiras externas. Na opinião da comissária, trata-se de um pré-requisito da livre circulação de pessoas na União Europeia e no espaço Schengen e sublinha por isso a importância da reunião dos 27.

O setor do turismo lidera a pressão para o regresso de uma circulação livre. Vários países, como a Grécia, abriram portas sem reservas para turistas provenientes de locais onde a pandemia é considerada controlada. Uma decisão que não é isenta de riscos: 12 passageiros de um voo proveniente do Qatar testaram positivo à chegada a Atenas.

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