Airbus planeia cortar mais de 3 mil postos de trabalho em Toulouse

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De  Pedro Sacadura com AP, AFP
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Detalhes do plano social foram revelados esta quinta-feira e juntam-se ao anúncio de um plano de reestruturação que envolve a supressão de 15 mil empregos a nível mundial.

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A construtora aeronáutica europeia Airbus deverá suprimir cerca de 3500 postos de trabalho na sede de Toulouse para fazer face ao impacto da pandemia de Covid-19 e poder voltar a levantar voo no futuro próximo.

Esta quinta-feira foram revelados aos sindicatos detalhes do plano social. Somam-se ao anúncio da semana passada, de um plano de ajustamento para cortar 15 mil empregos em todo o mundo, a grande maioria dos quais em França e na Alemanha.

De acordo com os dados hoje conhecidos serão afetados 2398 empregos da cadeia de produção, 900 na sede e mais de 200 em várias filiais. Os sindicatos referem que a proporção será de "dois terços de colarinhos brancos e de um terço de colarinhos azuis."

Para o gigante europeu da aeronáutica é uma questão de sobrevivência.

"O nosso plano social tem de ser financeiramente viável. Estamos perante uma situação bastante grave em que a Airbus se está a adaptar não apenas em termos de força de trabalho mas a reajustar-se a um novo mundo que continuará assim durante meses e anos", sublinhou o diretor de recursos humanos da Airbus, Thierry Baril.

França apelou à Airbus para recorrer o menos possível aos despedimentos obrigatórios. Sindicatos franceses e alemães insistem quem essa é uma "linha vermelha."

"As negociações estão enquadradas na lei. Decorrerão durante pelo menos quatro meses e faremos propostas fortes. Existem possibilidades. Esta crise é conjuntural. A Airbus é uma empresa sólida com uma carteira de encomendas sólida", referiu Jean-François Knepper, sindicalista da Force Ouvriére.

A batalha para salvar empregos promete ser intensa. Na segunda-feira, os sindicatos, que apelaram à mobilização e manifestação, iniciam um ciclo de quatro meses de negociações com a direção da empresa.

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