As sondagens não apontam favoritos destacados para vencer as eleições legislativas da Croácia este domigo,
A Croácia é um dos poucos países europeus a irem à urnas depois do início pandemia de coronavírus.
E as legislativas acontecem já este domingo com um crescente número de casos de Covid-19 a entrar na parada do combate político.
Kresimir Macan, analista político, diz que "no meio da campanha eleitoral, o vírus ganhou alguma força na Croácia e, como aconteceu no meio da campanha, então a oposição aproveitou para atacar, ao afirmar que é uma jogada política ou que o partido no poder usa-o para promover uma agenda política".
O HDZ, a União Democrática da Croácia, é o partido de centro-direita no poder com o primeiro-ministro Andrej Plenkovic nos comandos. Para reconquistar a governação, deverá precisar do apoio do partido da extrema-direita - Movimento da Pátria.
As últimas sondagens sugerem uma competição apertada contra a coligação de esquerda RESTART.
Em março, quando a pandemia surgiu, a Croácia também foi atingida por um sismo.
O jornalista da Euronews, Jorgen Samso, refere que “os elétricos voltaram a funcionar há pouco tempo. Agora, os edifícios em Zagreb aguentam com as vibrações provocadas pelas grandes máquinas que seguem pelas ruas. Mas o que também faz tremer é o tema da reconstrução na campanha eleitoral - especialmente no principal partido da oposição de esquerda, o SDP”.
Kresimir Macan argumenta que “o sismo deu força ao movimento Mozemo que aproveitou para retirar votos ao SDP, com o argumento cativador de que as pessoas não estão a reconstruir as suas casas por não existir dinheiro... e usaram esse argumento de uma forma muito eficaz".