Nathan Law luta por Hong Kong a partir do Reino Unido

Nathan Law luta por Hong Kong a partir do Reino Unido
Direitos de autor AP
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

O jovem ativista de Hong Kong, Nathan Law, refugiou-se no Reino Unido. Numa entrevista à Euronews pede aos governos europeus ações contra a China.

PUBLICIDADE

Prosseguem esta semana os protestos contra a decisão da China de impor uma lei de segurança nacional - aos cidadãos de Hong Kong.

Os manifestantes dizem que a lei vai pôr fim à liberdade de expressão.

Nathan Law, um dos mais proeminentes jovens ativistas do território, consciente de ser um alvo das autoridades já se refugiou em Londres.

A partir do local onde se encontra escondido falou com o repórter da Euronews, Luke Hanrahan.

L. H. Euronews: Será este o fim de Hong Kong tal como a conhecemos?

Nathan Law: "Sim, definitivamente. Hong Kong era um farol de liberdade na Ásia. Mas como podem ver, ao abrigo da lei de segurança nacional, a nossa liberdade de expressão está a ser aniquilada. E o princípio de "um país dois sistemas" chega ao fim com a lei de segurança nacional".

O governo britânico alargou a possibilidade de estadia no Reino Unido dos cidadãos britânicos de Hong Kong de seis meses para um máximo de cinco anos.

"Mas há receios. A lei de segurança nacional - diz a China - pode ser aplicada a qualquer pessoa em qualquer lugar e os ativistas dizem que querem ver medidas mais drásticas para contrariar o impacto do governo chinês aqui no Reino Unido", explica Luke Hanrahan.

Para Nathan, isto é uma ameaça real e toda a cautela é pouca:

"É claro que a vigilância, ou mesmo o assédio pessoal, o abuso físico, podem acontecer. Estou a mover-me numa base regular, sendo extremamente vigilante e cauteloso com o que se passa à minha volta, para me manter a salvo", conta.

E o que mais poderá fazer o governo britânico? Tom Tugenhadt, membro da Comissão dos Negócios Estrangeiros, diz que tem estado a trabalhar com um homólogo alemão e com membros das comissões de Negócios Estrangeiros em países como a República Checa e outros para coordenar uma ação conjunta, mas, afirma: Creio que gostaria de nos ver a usar sanções do tipo Magnisky contra aqueles que violam os direitos humanos em Xing Chang."

Enquanto isso, Natahan pede aos europeus que façam lóbi junto dos seus governos. Defendendo que "isto devia ser visto como uma responsabilidade coletiva" tenta encorajar a comunidade internacional a fazer mais.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Covid-19: Hong Kong aumenta restrições

China responde na mesma moeda

População da China diminui pelo segundo ano consecutivo