UE deve evitar monopólio da Huawei na rede 5G

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Loja da Huawei Direitos de autor Ng Han Guan/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved.
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De  Isabel Marques da SilvaJack Parrock com Lusa/Reuters
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Estas decisões surgem depois dos EUA terem banido completamente a tecnologia da empresa chinesa, alegando que seria aproveitada para fazer espionagem.

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A Comissão Europeia recomendou, sexta-feira, aos Estados-membros da União que tomem medidas urgentes para evitar a dependência de fornecedores de alto risco de equipamento para a rede 5G.

Trata-se da mais recente tecnologia para telemóvel e que tem sido muito avançada pela empresa chinesa Huawei.

A recomendação surge num relatório que avalia como os países da União usam a chamada "caixa de ferramentas" para evitar riscos de espionagem e outras ameaças nesta área.

Mas o representante da Huawei para a União Europeia, Abraham Lui, diz que o receio é infundado porque trabalha com os operadores europeus: "Os cidadãos e os governos europeus, todos os decisores políticos que não confiam no governo chinês e na Huawei, devem confiar nos seus próprios operadores e autoridades. Nós trabalhamos com eles e somos uma das empresas mais auditadas".

O Reino Unido proibiu o uso de componentes da Huawei e a França diz que os equipamentos da empresa não devem ser usados a partir de 2028.

Estas decisões surgem depois dos EUA terem banido completamente a tecnologia da empresa chinesa, alegando que seria aproveitada para fazer espionagem.

"O governo dos EUA alega que o facto de existir uma lei na China que permite ao governo solicitar informações sobre segurança e vigilância a qualquer empresa chinesa cria um risco acrescido. Qualquer empresa chinesa poderia ser obrigadas fornecer essas informações", explicou Matthew Newman, da consultora em legislação corporativa MLex, em entrevista à euronews.

Portugal tem um grupo de trabalho que já concluiu a análise dos cenários de risco, mas as conclusões são, ainda, confidenciais.

O secretário de Estado-Adjunto e das Comunicações, Alberto Souto de Miranda, explicou que o governo defende a estratégia de "ter um sistema de certificação de equipamentos, com provavelmente laboratórios nacionais em redes com laboratórios europeus - laboratórios tecnológicos que certifiquem que os equipamentos não têm lá o tal 'chipzinho' maldoso que capta a informação", em declarações, quarta-feira, na comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação.

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