ONU alerta para desnutrição crónica agravada pela pandemia

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Direitos de autor AP Photo/Hammadi Issa
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De  Patricia Tavareseuronews
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Mortalidade infantil dispara.

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A situação humanitária no Burkina Faso piorou devido à crise sanitária. As Nações Unidas deixam um alerta urgente: a fome relacionada com o novo coronavírus está ligada à morte de 10 mil crianças por mês. Uma em cada cinco crianças sofre de desnutrição crónica.

Os preços dos alimentos dispararam e 12 milhões dos 20 milhões de habitantes do país não ganham o suficiente para comer. As restrições impostas no Burkina Faso e em todo o mundo levaram a situação de fome ao extremo, isolando aldeias sem mantimentos e sem assistência médica.

O número de crianças desnutridas deverá duplicar, triplicar ou quintuplicar em novembro/dezembro, que costuma ser a fase das colheitas. Mas quem não semeou não pode colher.
Coumbo Boly
Hospital Yalgado Ouedraogo

No Afeganistão, as restrições impedem muitas famílias de levarem os filhos desnutridos até ao hospital, de procurarem ajuda ou comida. Um dos hospitais de Cabul recebeu apenas três ou quatro crianças desnutridas.

Estou aqui para deixar o alerta. Ainda não há fome. Mas devo avisar que se não nos prepararmos e se não agirmos agora, para garantir os acessos; evitar uma insuficiência no financiamento e interrupções no comércio, enfrentaremos fome de proporções bíblicas dentro de poucos meses.
David Beasley
Programa Alimentar Mundial

O Burkina Faso já enfrentava uma crise alimentar. Com o surgimento da pandemia do coronavírus, o governo encerrou mercados, impôs restrições nas deslocações e os transportes públicos deixaram de funcionar, dificultando ainda mais a compra e venda de alimentos.

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