Nações Unidas assinalam 75 anos

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Direitos de autor Frank Franklin II/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved.
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De  Joao Duarte Ferreira
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Organização das Nações Unidas assinala 75 anos num mundo marcado por incerteza e interesses concorrentes

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Dos escombros da guerra nascia uma nova era de fraternidade entre as nações.

O conceito de Nações Unidas, desenvolvido por líderes ocidentais durante a Segunda Guerra Mundial viu a luz do dia em São Francisco em 1945.

A carta fundadora definia objetivos de paz mundial, relações amigáveis, cooperação na resolução de problemas globais e coordenação para alcançar objetivos comuns.

Durante décadas a organização trabalhou para alcançar estas nobres ambições.

Mesmo assim, foram alcançadas algumas transformações importantes.

Pode não parecer mas vivemos tempos de paz relativa. O número de vítimas de conflitos diminuiu rapidamente desde a criação da ONU.

Todos aqueles responsáveis por guerras podem agora ser chamados à justiça.

Os julgamentos por crimes de guerra de Slobodan Milosevic e Charles Taylor só foram possíveis devido à cooperação internacional.

O Programa Alimentar Mundial (PAM) salvou inúmeras vítimas ao intervir em zonas de fome em todo o mundo.

Graças à UNESCO ecossistemas frágeis e locais de património gozam de proteção e reconhecimento global que de outra forma não teriam.

Mas sempre que a ONU falha os resultados são catastróficos.

Basta recordar o genocídio no Ruanda e a limpeza étnica na Bósnia.

Em ambos os casos ocorreram atrocidades sob o olhar da ONU, apesar de ter missões no terreno em ambos os países.

Em 2005 na República Democrática do Congo os soldados de manutenção da paz da ONU cometeram violações e outros crimes.

No Haiti a epidemia de cólera que ocorreu após o terramoto de 2010 foi trazida por forças estrangeiras. Não se tratou de um ato deliberado mas a ONU reclama imunidade.

A agência global foi igualmente manchada por alegações de corrupção no âmbito do programa iraquiano de troca de petróleo por alimentos. Muitos financiamentos acabaram em contas privadas.

Hoje, as Nações Unidas refletem a sociedade global, o melhor e o pior.

A sua eficácia depende do quanto as nações soberanas estão preparadas a cooperar num mundo de interesses em concorrência.

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