Trata-se do maior surto de Covid-19 registado em Itália desde o fim do confinamento a 18 de maio
As autoridades italianas anunciaram o fim dos testes no centro de migrantes de Treviso no norte do país.
Dos 309 indivíduos testados, 244 testaram positivo. Os testes sugerem que no espaço de uma semana registaram-se mais de uma centena de infeções.
O centro de migrantes é gerido pela mesma empresa que gere o campo de Lampedusa. Trata-se do maior surto registado em Itália após o fim do confinamento a 18 de maio.
O presidente da câmara de Treviso afirma que se trata de algo inaceitável.
"Durante mais de 50 dias não se registaram quaisquer casos de Covid-19 no nosso município. Agora regressamos ao pesadelo do contágio porque não conseguiram conter a emergência dentro da estrutura ou devido a descuido. Não é nada que a comunidade de Treviso deva continuar a pagar", disse Mario Conte.
Na semana passada, o governador provincial decidiu que o centro de migrantes deveria ser considerado uma zona de acesso restrito a fim de extinguir o surto de Covid-19.
A decisão causou atos de violência que foram rapidamente controlados pelas autoridades. mesmo assim, as tensões permanecem.
No dia 1 de agosto a embarcação Azzurra chegou a Lampedusa a fim de transportar 350 migrantes para quarentena no centro de Treviso.