Rússia preparada para ajudar Bielorrússia. Putin diz que pode enviar um grupo das forças de segurança se for necessário.
O Presidente russo está preparado para enviar policia para a Bielorrússia se os protestos se tornarem violentos. Em uma entrevista transmitida, esta quinta-feira, por dois canais de informação russos Vladimir Putin sublinhou que, neste momento, essa não é uma opção que esteja em cima da mesa.
O chefe de Estado espera que a tensão e os protestos terminem em breve mas assegurou que Alexander Lukashenko lhe pediu "que criasse uma força de reserva, constituída por membros das forças de segurança", e foi isso que fez. Mas acrescentou que também ficou acordado "que essa força não seria usada a menos que a situação ficasse fora de controlo. Neste momento não há essa necessidade" e o presidente russo espera "que não venha a haver".
Durante a entrevista, Vladimir Putin afirmou que a detenção de 33 cidadãos russos, descritos como mercenários, na véspera da eleição presidencial na Bielorrússia foi resultado de uma operação conjunta dos serviços secretos dos EUA e ucranianos. Frisando que a fonte desta informação é "segura", porque "alguns participantes neste processo, observadores, pessoas bem informadas, já nem sequer o escondem".
Putin diz que Moscovo não é indiferente ao que se passa em Minsk mas é muito mais cauteloso e neutro do que a maioria dos países. Defendeu que em causa está, acima de tudo, um assunto da sociedade bielorrussa.
Esta quinta-feira, Alexander Lukashenko acusou os Estados vizinhos da Bielorrússia de interferência aberta nos assuntos do país, com um impulso para novas eleições, no que descreveu como uma "guerra híbrida" e uma "carnificina diplomática".