A candidata derrotada nas presidenciais bielorrussas diz-se pronta a dialogar com todos, incluindo com a Rússia.
A candidata derrotada nas eleições na Bielorrússia, Sviatlana Tsikhanouskaya, diz-se pronta a dialogar com qualquer país, incluindo a Rússia, sobre o futuro político do país e a sucessão de Alexander Lukashenko, no poder há 26 anos.
Tsikhanouskaya falou a partir do exílio na Lituânia: "Fui contactada, de uma forma ou outra, por líderes de vários países - Estados Unidos, Canadá e países europeus. Não recusei falar com ninguém, todos telefonaram a expressar apoio ao povo bielorrusso. Estamos abertos ao diálogo com representantes de qualquer país. Por isso, se alguém ligar da Rússia, com certeza que falaremos com eles".
Esta quarta-feira, Tsikhanouskaya encontra-se em Varsóvia com o primeiro-ministro da PolóniaMateusz Morawiecki e com vários representantes da diáspora bielorrussa no país vizinho. Na Polónia está também outra das líderes da oposição bielorrussa, Olga Kovalkova, que afirma ter sido torturada na última semana que passou na prisão, antes de ser libertada.
Na oposição a Alexander Lukashenko e nas manifestações pela democracia no país, as mulheres têm estado na linha da frente. Tsikhanouskaya avançou para as presidenciais depois de o marido, então principal candidato da oposição, ter sido preso.