Protestos por segurança nas escolas face à Covid

Protestos por segurança nas escolas face à Covid
Direitos de autor Domenico Stinellis/AP
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Professores e estudantes italianos consideram que salas de aulas não reúnem condições para oferecer ensino seguro

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Os protestos contra a falta de segurança poderão paralizar as escolas em Itália, pouco depois do início do ano académico.

Professores e alunos decidiram sair à rua em Roma para denunciar falta de meios para combater a pandemia de coronavírus nos estabelecimentos de ensino.

Lucia Donat-Cattin, sindicato USB Scuola:"Não nos sentimos seguros, porque não há equipamento de proteção, nem espaço suficiente. As nossas escolas não podem garantir o respeito da segurança dos professores, muitos dos quais são mais velhos e têm uma saúde fraca. A Itália é o país da Europa onde os professores são mais velhos."

A pandemia veio amplificar muitos problemas que já existiam nas escolas italianas, como a falta de pessoal qualificado, que viu a procura aumentar com a crise da Covid-19.

Em apenas alguns dias de aulas, os estudantes italianos aperceberam-se das mudanças drásticas com respeito ao quotidiano escolar habitual.

Gabriele Lupo, movimento estudantil OSA:"O regresso à escola é duro. Muitos comparam com prisões. Como não foram criadas novas salas de aula, às vezes nem sequer podemos virar-nos para falar com os colegas sentados atrás de nós. Somos como robôs, que ficam sentados num lugar sem poder comunicar uns com os outros."

Giulia Calo, estudante:"Quando voltámos à escola, sentimo-nos confusos, incertos e perdidos. Foi isso que nos levou às ruas para protestar e exigir o tipo de escola que merecemos."

Giorgia Orlandi, euronews:"É a primeira vez em 20 anos que estudantes e professores se unem num combate. Não só fazem greve juntos, como também publicaram este manual, com indicações para instituições e professores acerca de como as escolas devem reabrir de forma segura face à pandemia."

O líder de um dos principais sindicatos italianos diz que o distanciamento social não funciona nas escolas do país.

Stefano D'Errico, líder do sindicato Unicobas:"O governo errou completamente. Se olharmos para o resto da Europa, é diferente. Na Bélgica só há 10 alunos por sala de aula e uma regra de distanciamento de 4 metros. No Reino Unido e na Alemanha, é 15 alunos com dois metros de distância entre cada um, e em Espanha é a mesma coisa. Aqui, em Itália, a única regra é de dois metros entre os alunos."

Com maior ou menos gravidade, é um problema ao qual se vêem enfrentadas as escolas por toda a Europa: como providenciar a educação, equilibrando ao mesmo tempo a segurança de alunos e professores. Um desafio que promete ainda durar, num momento em que o número de casos está novamente em ascensão por todo o continente.

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