Foi apresentado esta semana o novo topo de gama da Apple e a aposta passa pelas vendas de Natal para conquistar uma fatia do esperado mercado de 250 milhões de unidades transacionadas este ano
Com o mercado de telemóveis com acesso à rede 5G a crescer rapidamente impulsionado pela China, a empresa norte-americana Apple deu esta semana a conhecer o novo iPhone, um aparelho também já com recurso às novas redes de banda extra-larga, uma das principais armas na guerra comercial entre Washington e Pequim.
A venda de telemóveis 5G deverá crescer este ano 1300%, estima a Strategy Analytics, alcançando o número recorde de 250 milhões de unidades transacionadas em todo o mundo.
A Apple conta ter uma "fatia deste bolo", mesmo com o lançamento dos iPhone a chegar um mês mais tarde ao mercado do que o normal. A aposta da "maçã" americana está nas vendas de Natal.
Mas... há sempre um mas, como nos explica o analista Tim Bajarin.
O sempre muito aguardado lançamento de um novo iPhone surge mais uma vez no meio de um furacão geopolítico, agravado entretanto pela Covid-19.
Washington alega que os equipamentos da chinesa Huawei podem ser usados por Pequim para controlar os utilizadores e tem vindo a pressionar os parceiros europeus a excluir os fabricantes chineses das listas de compras de equipamento eletrónico.
Na Bélgica, pelo menos dois operadores já trocaram as redes 5G Huawei pelas da Nokia, cedendo à pressão americana.
O Reino Unido também decidiu banir a Huawei 5G assim que se der o Brexit, isto é, a partir de 31 de dezembro deste ano.
Portugal ainda não tomou uma posição oficial, mas já houve algum atrito diplomático devido à tentativa de interferência da Casa Branca na decisão portuguesa.