Hospital impede doentes Covid-19 de morrerem sozinhos

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Filha de vítima de Covid-19 lutou para mudar regulamentos de Hospital de Pádua.

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Morrer sozinho numa unidade de saúde por causa da Covid-19 é coisa do passado num hospital de Itália.

A trágica experiencia de Maurizia Dalla com a morte do pai levou-a a lutar para que os regulamentos do hospital de Pádua mudassem.

"Se o nosso sofrimento pode ajudar os outros a evitar o mesmo sofrimento, não terá sido em vão e ajuda a curar as nossas feridas, caso contrário não saberia como as sarar. No dia em que o meu pai estava a morrer sozinho, houve um piquenique em Cortina com 500 participantes. Um deles testou positivo e por isso tiveram que fazer o teste da cotonete em todos os outros", diz Maurizia Dalla.

"Uma caminhada de cinco minutos. Essa é a distância entre a casa de Maurizia e Alessandra e o Hospital onde o pai delas morreu sozinho. O hospital é ao longo desta rua, tão próximo mas tão distante para a família, já que as autoridades hospitalares impediram-na de se despedir do pai pessoalmente", explica o repórter da Euronews, Luca Palamara.

Depois do experiência marcante, Maurizia iniciou uma comunicação intensa com a administração do hospital para mudar os regulamentos. O apelo desesperado deu frutos.

O diretor do Hospital de Pádua, Luciano Flor explica ter sido "implementado uma regulamento no hospital que impõe, em casos específicos, como o risco de morte, que os familiares tenham sempre a possibilidade de verem os seu entes queridos enquando estão vivos".

Maurizia diz esta a batalhar não só pelos pacientes e os familiares, mas também pelos médicos e enfermeiros, que têm de suportar o peso psicológico de serem o único ponto de contacto entre os doentes hospitalizados e os familiares no exterior.

"Eles teriam de escutar as despedidas emocionadas, palavras dramáticas, lágrimas, receberia pedidos como: "Por favor dê-lhe um abraço". Eles são como anjos, fazem tudo para aliviar o sofrimento psicológico de todos mas com um custo elevado para eles próprios", diz.

O regresso à humanidada. É isso que Maurizia procura, para ela e para todos.

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