Começou julgamento dos atentados de agosto de 2017

Réus no tribunal da Audiência Nacional
Réus no tribunal da Audiência Nacional Direitos de autor Fernando Villar, Pool photo via AP
Direitos de autor Fernando Villar, Pool photo via AP
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Três homens são acusados de oferecer assistência à célula responsável pelo duplo atentado em Barcelona e Cambrils

PUBLICIDADE

A Espanha começou a julgar esta terça-feira três homens acusados de terem oferecido assistência à célula terrorista responsável pelo duplo atentado que matou 16 pessoas em 2017 em Barcelona e na estância balnear de Cambrils, numa ação reinvindicada pelo Estado Islâmico.

Antonio Guerrero Maroto é o advogado da associação de vítimas:

"Na minha opinião, o facto destas pessoas não terem participado materialmente na ação criminosa, nos assassinatos, não significa que não podem ser acusados ou condenados. A nossa opinião é de que fizeram parte da célula e, por isso, tinham o controlo dos seus atos: uma ação concertada na organização de um plano criminoso. Todos devem responder pelos atos que cometeram."

O processo arrancou no tribunal da Audiência Nacional de San Fernando de Henares, nos arredores de Madrid, sob um forte dispositivo policial.

O réu principal, para o qual a procuradoria pede 41 anos de prisão, é Mohamed Houli Chemlal, acusado de pertencer a uma organização terrorista, de fabricar explosivos e de conspirar para provocar o caos. Chemlal explicou aos investigadores que o plano inicial era perpetrar uma série de atentados bombistas contra locais célebres, como a basílica da Sagrada Família.

São também julgados Driis Oukabir, irmão de um dos jihadistas mortos durante o ataque, e Said Ben Iazza, que terá emprestado um veículo e documentos aos responsáveis pelo duplo atentado.

Para além das 16 vítimas mortais, na maioria turistas estrangeiros, entre os quais dois portugueses, o ataque de agosto de 2017 fez também 140 feridos. Os seis jihadistas diretamente responsáveis pelas ações foram abatidos pela polícia.

O julgamento dos supostos cúmplices deverá decorrer até 16 de dezembro. Os atentados provocaram uma vaga de choque pelo país e além fronteiras.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Um arquiteto juntou-se a 17 famílias e nasceu a primeira cooperativa de habitação em Madrid

Só em janeiro, Canárias receberam mais migrantes do que na primeira metade de 2023

Navio de cruzeiro com 1500 passageiros retido em Barcelona porque 69 bolivianos têm vistos falsos