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Estudantes espanhóis queixam-se da educação à distância

Estudantes espanhóis queixam-se da educação à distância
Direitos de autor  Gregory Bull/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved
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De Carlos Marlasca
Publicado a
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O quarto, dividido com a irmã, é a sala de aulas de Irene González durante parte da semana. A pandemia de Covid-19 fez com que a sua turma fosse dividida em duas e as aulas presenciais acontecessem em dias alternados.

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O quarto, dividido com a irmã, é a sala de aulas de Irene González durante parte da semana. A pandemia de Covid-19 fez com que a sua turma fosse dividida em duas e as aulas presenciais acontecessem em dias alternados. Um sistema que não lhe permite aprender como antes: "Se há um exercício de matemática que não sabemos fazer, mas que acreditamos que é de uma maneira, porque está no livro e o interpretamos de uma maneira incorreta, já estamos a fazer tudo mal. E quando vamos à aula percebemos que o trabalho que fizemos na véspera não serviu para nada".

Para piorar a situação, por vezes, os equipamentos destinados a permitir as aulas à distância não funcionam corretamente. "Não é possível que haja câmaras em todas as aulas, mas que os microfones ou as colunas não funcionem. Quem está em casa tem o mesmo direito que os que estão na escola a ter essas aulas", destaca Irene.

Os pais têm agora de acompanhar mais os estudos dos filhos. Muitos, como a mãe de Irene, Cristina Vela, queixam-se que a planificação do ano escolar em contexto de pandemia não foi a adequada e têm receios: "Que eles não aprendam tudo que deveriam, principalmente porque no ano que vem começam o ensino secundário, e isso dá-nos muito medo. E também tenho muito medo que fiquem tristes, vê-se que não têm a alegria de antes".

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Educação, desde o início do ano escolar, em Espanha, 169 escolas tiveram de fechar e um terço ainda não reabriu. Cerca de 11 mil turmas estiveram confinadas e mais de metade ainda não voltou ao normal. Há 120 mil crianças afetadas.

"Estamos a incrementar a diferença entre os alunos em função da sua origem social. Nas escolas onde há alunos mais desfavorecidos , os alunos que têm mais dificuldades, estão a ficar ainda mais para trás", lamenta Álvaro Ferrer, especialista em Equidade Educacional da Save the Cildren.

Para a Save the Children é prioritário que todos os estudantes tenham os dispositivos para terem aulas à distância e que quer os alunos, quer os professores, dominem o software.

As carências da educação à distância podem agravar um problema ainda maior. Espanha é o país da União Europeia com a maior taxa de abandono escolar.

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