2020: "O pior ano" da aviação comercial

Aeroporto de Logan, EUA(Arquivo)
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De  Ricardo FigueiraEuronews
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De acordo com a Associação Internacional de Transportes Aéreos, a quebra de receitas ultrapassa os 60%

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As receitas das companhias aéreas vão baixar mais de 60% este ano, segundo a Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA), que confirma o que já se suspeitava - que este é o pior ano de sempre para o setor, por culpa da pandemia de Covid-19,. O volume de negócios das companhias aéreas este ano deve rondar os 276 mil milhões de euros e os prejuízos globais do setor devem rondar os cem mil milhões de euros.

"A crise da Covid-19 ameaçou a sobrevivência da indústria dos transportes aéreos" e "os livros de história recordarão 2020 como o pior ano financeiro" para o setor, que "reduziu os custos numa média de mil milhões de dólares por dia em 2020 e continuará a acumular perdas sem precedentes", anunciou a organização, que reúne 290 companhias aéreas, durante a assembleia geral. A IATA prevê que os prejuízos continuem no próximo ano.

O diretor-geral da IATA, Alexandre de Juniac, diz que "a liberdade de movimentos foi severamente restringida, com um impacto catastrófico na aviação: uma queda de 89% nas viagens internacionais e de 43% nos voos domésticos. Espera-se um volume total de 1800 milhões de passageiros, o que significa um regresso a níveis de 2003".

São previsões bastante mais pessimistas que as estimativas anteriores, feitas com base na ideia de que haverá um regresso ao tráfego normal em meados do próximo ano, devido a uma melhor capacidade de testagem e à disponibilização de uma vacina. A IATA diz que são unicamente os apoios governamentais que têm mantido as companhias aéreas vivas e esse apoio financeiro vai ter de continuar.

França garante futuro da Air France

Na Air France, as perdas são de dez milhões de euros por dia, segundo disse a diretora-geral, Anne Rigail, numa videoconferência com a associação de jornalistas económicos. O ministro francês da Economia e Finanças, Bruno Le Maire, promete que o Estado conseguirá garantir a sobrevivência da companhia. Diz ainda que a aliança com a holandesa KLM deve manter-se, uma vez que é uma parceria no interesse dos dois países.

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